Qualquer coisa? Queria começar te dizendo que fico em órbita quando tu apareces. Giro ao teu redor e somente agora, e não antes, tenho um centro ilusoriamente firme. E como eu poderia dizer que tu extingues o vazio que habita em mim quando estás por perto? Extinguirias se eu lhe tivesse por perpetuo. Tu eliminas minha vontade de ter um sentido, é um sentido por si só. Mal é saber que não passas dos meus velhos paliativos para tapar os mesmos buracos, mas não quero falar da minha lacuna insuprível agora, meu foco é ti, oh Sol, quando se põe, não sou mais que apenas um lado escuro esperando pela tua aparição no outro dia. Sou a incerteza absoluta de que podes não voltar mais, tudo que sinto pode não voltar mais. Sou a quase certeza de que és uma idealização, quimera, não posso tornar-te real. Sou todo o sofrimento em personificação carnal. Apresento-lhe meus sintomas fisiológicos: Perco a fome, perco o sono... Seco meus olhos na janela com o olhar voltado ao
Escrevendo entre os pontos finais que a vida me dá. Eu sou mais um cara... Escritor que se faz anônimo (até o momento)